Dia 5 de outubro marcado no calendário portugues.

O dia 5 de outubro é uma data muito marcada no calendário para muitos portugues.

Sim, Portugal nasceu em 5 de Outubro de 1143. É dos poucos países que não comemora a data oficial da sua constituição como país soberano. O Tratado de Zamora Foi o resultado da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, o Rei Afonso VII de Leão, assinado a 5 de Outubro de 1143. Alguns historiadores consideram a assinatura do tratado como a declaração geralmente a data do nascimento do Reino de Portugal e o início da dinastia Afonsina

Vitorioso na batalha de Ourique contra os muçulmanos, em 1139, Afonso I contou com o apoio de João Peculiar, o arcebispo de Braga naquele tempo. Depois do Torneio de Arcos de Valdevez entre os dois Alfonsos e os seus anfitriões, este procurou reconciliá-los e levou-os a encontrar-se em Zamora nos dias 4 e 5 de outubro de 1143, com a presença do Cardeal.

O título de Rei de Portugal, que Afonso I usava desde 1139, foi confirmado em Zamora, o monarca português comprometeu-se então com o Cardeal Guido de Vico a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por ele e pelos seus descendentes, a pagar um censo anual de quatro onças de ouro. Em dezembro de 1143 Alfonso Henriques escreveu uma carta ao Papa na qual se declarou "Homem e senhor do papa e de São Pedro, com a condição de que a Santa Sé o defendesse de qualquer outro poder eclesiástico ou civil. Desta forma, Alfonso Henriques tentou assegurar a independência do novo reino.

 

E por último mas não menos importante, a Revoluçao de 5 de octubro de 1910 implantou a proclamaçao da Primeira República Portuguesa e o fim da Monarquia em Portugal.

A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (o Partido Progressista e o Partido Regenerador), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade… tudo contribuiu para um processo de erosão da monarquia portuguesa.

Os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito, apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso. 

A oposição do exército em combater revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.

Após a revolução, um governo provisório liderado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República.

Entre outras medidas, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional, a bandeira e a moeda.